Em toda a Amazônia Legal, 28.531 ha (hectares) foram desmatados ao longo do mês de novembro de 2018. Só esse número corresponde quase à área do município de Santos, no estado de São Paulo.

No Amazonas, 3.393 ha foram desmatados e em Rondônia 2.485 ha. A soma do desmatamento dos municípios da BR-319 superou o valor desmatado no estado de Rondônia, com 2.676 ha. Essa área corresponde a 45% da área desmatada somada dos estados do Amazonas e Rondônia.

Dentre os 13 municípios analisados, Lábrea e Porto Velho apresentaram as maiores taxas de desmatamento, valores muito maiores em comparação aos outros municípios, com 990 ha e 943 ha, respectivamente. O município que menos desmatou foi Careiro, com oito hectares desmatados. Careiro da Várzea se destaca por não apresentar desmatamento no mês de novembro.

Áreas Protegidas nos municípios sob influência da BR-319

Das 44 Unidades de Conservação analisadas, a Flona do Iquiri, em Lábrea, foi a que apresentou maior área desmatada, com 29 ha, seguida pela APA da Margem Esquerda do Rio Negro – Setor Tarumã-Açu/ Tarumã Mirim, em Manaus (17 ha), APA dos Campos de Manicoré, em Manicoré (11 ha), APA da Margem Esquerda do Rio Negro — Setor Aturiá/Apuauzinho, com área em Manaus, Novo Airão e Presidente Figueiredo (8 ha), Resex Jaci-Paraná, com área em Buritis, Nova Mamoré e Porto Velho (8 ha) e RDS Puranga Conquista, em Manaus (1 ha). As outras 38 UCs não apresentaram desmatamento no mês de novembro.

Quatro das 69 Terras Indígenas analisadas apresentaram desmatamento no mês de novembro: TIs Lago do Limão, em Borba (16 ha), Nove de Janeiro, em Humaitá (13 ha), Karipuna, com área em Nova Mamoré e Porto Velho (11 ha) e Vista Alegre, em Manaquiri (3 ha).

As informações de desmatamento foram adquiridas do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que utiliza imagens SAR da missão Sentinel-1. No mapa, estão representadas em pontos as localizações das áreas em que houve desmatamento (imazongeo.org.br/#/).